quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Tradições populares e folcore em Mato Grosso do Sul



E cego é o coração que trai
Aquela voz primeira que de dentro sai
E às vezes me deixa assim a
Revelar que eu vim da fronteira onde
O Brasil foi Paraguai
(“Sonhos Guaranis”/Simões; Sater, faixa 5



Fale sobre a manifestação folclórica chamada El toro candil? (Com suas palavras).

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 É pela mestiçagem que explicamos as constantes transformações culturais sul-mato-grossenses e sua densa polissemia, pois esta vive entre o que afirmam  Laplantine e Nouss (s/d, p. 58), que “qualquer cultura é mestiça no sentido em que esta participa do mito e do real, e que vive no limiar entre o passado e o futuro”. (CHACAROSQUI, Gicelma) Na linha deste pensamento contribui a conceituação de Tania Carvalhal (2003, p. 156) , segundo a qual: “Fronteira é realidade e mito, sonho e frustração”, pois vai além dos marcos geográficos e cartográficos, são marcos e limiares políticos, sociais e culturais.

Após ler o trecho acima responda: você acha que as tradições populares tais como El toro candil e Boitatá podem ser consideras produto da mestiçagem e fruto da fronteira? Por quê?
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Temos que conhecer nossa ancestralidade e isso se faz mediante a cultura popular produzida e eternizada pelo povo. É o que acontece com o ritual do El Toro Candil na fronteira do Brasil com o Paraguai. É nosso povo perpetuando nossa cultura e fazendo nossa história fronteiriça. Em seu contínuo transformar através dos tempos, a cultura popular sempre manteve um diálogo com as outras manifestações humanas. O fato de a manifestação do El Toro Candil acontecer associada, em  homenagem, a Nossa Senhora de Caacupé colabora para a ideia de que a cultura sul-mato-grossense é constituída da confrontação e do diálogo. (CHACAROSQUI, Gicelma)


no final do século XVI, no Paraguai, um índio convertido, escultor por ofício, andava sobre uma montanha quando foi atacado pelos Mbayaes, dos quais escapou escondendo-se atrás de um grosso tronco. Nos angustiantes momentos em que ficou escondido, pediu a Nossa Senhora que o livrasse da morte. Quando se viu livre da ameaça, começou a construir uma imagem da Virgem com um pedaço do tronco que o havia acolhido. Ainda segundo a lenda, no ano de 1603, o lago Tapaicuá transbordou e inundou todo o vale de Pirayú, arrastando tudo que estava à sua volta, inclusive a imagem de Nossa Senhora. Quando as águas baixaram, milagrosamente apareceu a imagem que o índio esculpira. Os fiéis começaram a difundir sua devoção e a invocá-la com o nome de "Virgem dos Milagres". Um devoto chamado José, carpinteiro, construiu uma modesta ermida e nela começou a ser cultuada a Virgem de Caacupé. A imagem de Nossa Senhora de Caacupé é bem pequena, medindo pouco mais de cinquenta centímetros. Ela é a Imaculada Conceição. Seus pés se apoiam sobre uma pequena esfera e suas vestes trazem uma faixa branca de seda. A palavra Caacupé significa "detrás dos montes". O Santuário de Caacupé é um centro nacional de peregrinações. A festa é celebrada anualmente no dia 8 de dezembro. Os peregrinos chegam aos milhares ao Santuário para demonstrar seu amor e gratidão à Mãe de todos, a "Virgem Azul do Paraguai". (Disponível em: http://www.reocities.com/Heartland/Bluffs/6737/Caacupe/Caacupe.htm. Acessado
em: 20 de março de 2011)



3 – Se a somos produtos da fronteira e de toda essa interculturalidade podemos afirmar que essa realidade folclórica pode ser considerada produto da mestiçagem e da fronteira. Faça sua resposta, levando-se em consideração não só o evento ter acontecido no Paraguai, mas, pela festa ser hoje tradicional e em homenagem à nossa senhora dos milagres no próprio MS e ainda mais, pelo próprio elemento  “índio” fazer parte de nossa cultura. (resposta em forma de texto).


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